sábado, 15 de março de 2014

E na TVI mudei de canal a tempo de apanhar isto do noticiário.... :(

Mudei para a TVI.

PORQUE É QUE A Judite de Sousa está a falar do queijo Serra da Estrela?
Tudo bem, passam uma peça sobre uma feira de promoção do queijo, falam da sua confecção e suas caracteristicas. Mas a peça termina e é aí que surge a Judite, para falar da.... Serra da Estrela! Novamente?? E sobre a gastronomia.... Mas a gastronomia geral? Não. De um bolo. Que bolo? Nem percebi... não repetem mais o nome depois de o introduzir e mais uma vez, não entendo porquê isto é grande notícia de noticiário.

Sorry, simplesmente não encaixa.
Não é que não tenha o seu lugar, tem sim senhora. Mas noutro tipo de programa. Não num telejornal!!
E a direção da peça, tão blasé... tão ultrapassada...

Agora "solteiras contra casadas" juntaram-se para angariar dinheiro em prol das crianças do bairro do Lagarteiro, no Porto...

A ligação da pivot: "No bairro do Lagarteiro, no Porto, algumas mulheres decidiram juntar-se para um jogo de futebol solidário"...
Entra a peça, diz a jornalista em voz off: «solteiras contra casadas num jogo solidário no bairro do Lagarteiro no Porto".

LOL, entendem a redundância, a repetição?
É que nos dias de hoje em que as novas tecnologias impuseram uma dinâmica maior e mais acelerada esta forma de apresentar notícias é antiquada. E mais uma vez também questiono: isto é notícia, mas é notícia de interesse nacional? Regional? É para um telejornal? Segue uma notícia sobre dobragens de filmes de animação da qual mais uma vez não entendi o propósito de maior e após ouvir as vozes assim editadas sem grande interesse surge novamente a Judite diz:
-"Ficamos por aqui. Voltamos amanhã como sempre com o Prof. Marcelo de Sousa. Boa noite, até amanhã"

LOL! NENHUM FIO CONDUTOR!!!

Noticiário TELEJORNAL RTP hoje

Estou a ver (e a gostar) de acompanhar o Telejornal da RTP.

Que coisa rara! Para começar subitamente reparei que quem o apresenta não é o tal orelhudo que tem uma forma de falar esquisita com tiques. (sem ofensa). E gostei. Prestei mais atenção à notícia com esta mudança de veículo informativo. Talvez seja por ser Sábado que o pivot é outro (João Avelino Faria), mas os nomes não me interessam porque só atrapalham. Depois gostei do alinhamento. Notícias com interesse sobre as muitas e muitas burlas telefónicas que são prática diária actualmente e esse marketing agressivo que no fundo pretende impingir dívidas às pessoas. Tudo dentro da lei! Porque a lei é muito manipulada por oportunistas e burlões. Assim se percebeu durante a informação dos estágios não remunerados na fábrica Danone mas pessoalmente embora não aprecie estágios onde o trabalho não é recompensado, tratando-se de um curricular de final de curso, vá lá, tem «desculpa». O mesmo já não acontece nos outros, cujas empresas vivem desse trabalho gratuito durante anos, vendo muitos nomes e caras passar pelo sítio. 

E os bancários que pedem perdão de multas de milhares de euros? Lol! A mim ninguém me perdoou uma bem, mas bem mais leve. Teve também a entrevista sobre o desaparecimento do Boing da Malásia Airlines, interessante e informativa, a emigração dos recém-formados em medicina em busca de condições melhores noutros países que já vai em 7000 nos últimos dois anos. Depois surgem notícias dos conflitos na Ucrânia e tudo apresentado com rapidez, dinamismo. Nada (até agora) das habituais lenga-lengas esticadas para além do seu interesse informativo. Nada de minutos infindáveis para uma única entrevista, ou uma peça "cor-de-rosa" que demoooooora, sem nada de nada acrescentar ao ponto de uma pessoa se interrogar se aquilo que acabou de passar é notícia. Abaixo as não-notícias! 


A cada uma ou duas notícias colocam um "separador de notícia-light" sobre os 50 anos do Festival da Canção e as MODAS que lançou neste tempo. E metem a Dora a cantar "Não sejas mau para mim". Até tremi... pensei que iam aproveitar e meter o ênfase no facto da Dora estar agora a trabalhar atrás de um balcão do MacDonalds (se não foi um golpe publicitário). Porque mudava de canal na hora! Já bastou entrevistarem João Tordo porque o pai emigrou para o Brasil, tal como os jovens formados em medicina, à procura de uma vida profissional mais digna e com espaço para progredir. 

Acredito que dificilmente nos dias de hoje quase todos os abordados na rua respondam quando questionados sobre quais os programas que mais vêm na TV "Eu vejo o telejornal das oito"!. Ainda bem, porque era treta! Era só um receio enorme de ser julgado ou gozado se dissessem que não o viam ou prestavam mais atenção às novelas. Ah, quase ninguém via novelas nessas entrevistas de rua. Os homens então, diziam mesmo: "novelas não gosto! É coisa de mulheres". Ou então um mais corajoso ou corajosa lá dizia "Só vejo um bocadinho e PORQUE a televisão está ligada durante o jantar".... Pois. Era o preconceito. Mas hoje em que a oferta é tão ampla e já ninguém tem problemas em dizer que vê Big Brothers, o «fenómeno» de gente altamente cultural e bem informada que subitamente surgia nas entrevistas de rua deve ser algo que ficou no passado. Será?

Divagações...

(PS: infelizmente exageraram no ênfase que o festival da RTP é da RTP, que é da RTP, sabiam que o festival da canção é da RTP? Pois, RTP, pois sim RTP... nada discretos.)