sábado, 31 de janeiro de 2015

Big Show Sic...? Não! Sabe ou não sabe. Macaco Adriano? Não! Vasco Palmeirim


Estou tão contente por aquele gajo da rádio que faz musicas sobre o Ronaldo ter ganho fama e reunido admiradores NA rádio! Se não fosse por isso, na TV seria um zé-ninguém... um qualquer dos reality shows a querer entrar em tudo para ver se chega a algum lugar.



Porque é que digo isto? 
Basta ver uma coisa inenarrável que está de momento a passar na RTP1: Acho que o nome é Sabe ou não Sabe. Um tipo, que faz de apresentador (o tal da rádio) anda por ali na rua a abordar pessoas e casais de namorados que parecem saídos da década de 90 - o que por si já vai reforçar a ideia que o programa e o apresentador me dão: parece que estou a voltar a ver um misto de Big Show Sic com um Perdoa-me, apresentado por um José Castelo Branco que, se já não tivesse conquistado notoriedade, seria maltratado e insultado na rua.


José Castelo Branco?

Como se chama o tipo? Vasco Palmeirim?
É que eu e os nomes somos amigos cada vez mais distantes... Mas não importa os nomes. Com todo o respeito e admiração, este programa e este registo.... vão por mim: aguardem apenas uns anos e isto vira "tesourinho deprimente!" - porque já o é. Apenas não se está a olhar para isto com anos de distância.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Porto Canal - "O Porto é", "aqui no Porto", "É o Porto"


Uma coisa que não gosto no Porto Canal é que, cada vez que lá vou parar, mesmo num rápido Zapping, a palavra que oiço de imediato é Porto. Tento acompanhar um programa, "disparam" uns sucessivos "Porto". E não se aguenta.


OK! Eu entendo! Todos entendemos: vocês estão no Porto. O Canal chama-se (surpresa) Porto. Agora cheeeeeegga de estar sempre a frisar o mesmo, não? Que complexo de inferioridade tremenda. Eu gosto do Porto e até ia gostar de saber o que se passa por lá num programa ou noticiário vindo do referido canal de televisão, mas assim não dá. Não se consegue. Escutar tantas vezes "Porto" é como comer chocolates demais: fica-se enjoado. Mas tão enjoado, que dificilmente se volta para mais! 

Não entendo. A menos que a paranóia seja a uma escala muito centralizada, querem que o Porto Canal seja um canal para ser visto pelo país, ou só no Porto? É que não gosto nada dessas cenas separatistas. N A D A.

sábado, 15 de março de 2014

E na TVI mudei de canal a tempo de apanhar isto do noticiário.... :(

Mudei para a TVI.

PORQUE É QUE A Judite de Sousa está a falar do queijo Serra da Estrela?
Tudo bem, passam uma peça sobre uma feira de promoção do queijo, falam da sua confecção e suas caracteristicas. Mas a peça termina e é aí que surge a Judite, para falar da.... Serra da Estrela! Novamente?? E sobre a gastronomia.... Mas a gastronomia geral? Não. De um bolo. Que bolo? Nem percebi... não repetem mais o nome depois de o introduzir e mais uma vez, não entendo porquê isto é grande notícia de noticiário.

Sorry, simplesmente não encaixa.
Não é que não tenha o seu lugar, tem sim senhora. Mas noutro tipo de programa. Não num telejornal!!
E a direção da peça, tão blasé... tão ultrapassada...

Agora "solteiras contra casadas" juntaram-se para angariar dinheiro em prol das crianças do bairro do Lagarteiro, no Porto...

A ligação da pivot: "No bairro do Lagarteiro, no Porto, algumas mulheres decidiram juntar-se para um jogo de futebol solidário"...
Entra a peça, diz a jornalista em voz off: «solteiras contra casadas num jogo solidário no bairro do Lagarteiro no Porto".

LOL, entendem a redundância, a repetição?
É que nos dias de hoje em que as novas tecnologias impuseram uma dinâmica maior e mais acelerada esta forma de apresentar notícias é antiquada. E mais uma vez também questiono: isto é notícia, mas é notícia de interesse nacional? Regional? É para um telejornal? Segue uma notícia sobre dobragens de filmes de animação da qual mais uma vez não entendi o propósito de maior e após ouvir as vozes assim editadas sem grande interesse surge novamente a Judite diz:
-"Ficamos por aqui. Voltamos amanhã como sempre com o Prof. Marcelo de Sousa. Boa noite, até amanhã"

LOL! NENHUM FIO CONDUTOR!!!

Noticiário TELEJORNAL RTP hoje

Estou a ver (e a gostar) de acompanhar o Telejornal da RTP.

Que coisa rara! Para começar subitamente reparei que quem o apresenta não é o tal orelhudo que tem uma forma de falar esquisita com tiques. (sem ofensa). E gostei. Prestei mais atenção à notícia com esta mudança de veículo informativo. Talvez seja por ser Sábado que o pivot é outro (João Avelino Faria), mas os nomes não me interessam porque só atrapalham. Depois gostei do alinhamento. Notícias com interesse sobre as muitas e muitas burlas telefónicas que são prática diária actualmente e esse marketing agressivo que no fundo pretende impingir dívidas às pessoas. Tudo dentro da lei! Porque a lei é muito manipulada por oportunistas e burlões. Assim se percebeu durante a informação dos estágios não remunerados na fábrica Danone mas pessoalmente embora não aprecie estágios onde o trabalho não é recompensado, tratando-se de um curricular de final de curso, vá lá, tem «desculpa». O mesmo já não acontece nos outros, cujas empresas vivem desse trabalho gratuito durante anos, vendo muitos nomes e caras passar pelo sítio. 

E os bancários que pedem perdão de multas de milhares de euros? Lol! A mim ninguém me perdoou uma bem, mas bem mais leve. Teve também a entrevista sobre o desaparecimento do Boing da Malásia Airlines, interessante e informativa, a emigração dos recém-formados em medicina em busca de condições melhores noutros países que já vai em 7000 nos últimos dois anos. Depois surgem notícias dos conflitos na Ucrânia e tudo apresentado com rapidez, dinamismo. Nada (até agora) das habituais lenga-lengas esticadas para além do seu interesse informativo. Nada de minutos infindáveis para uma única entrevista, ou uma peça "cor-de-rosa" que demoooooora, sem nada de nada acrescentar ao ponto de uma pessoa se interrogar se aquilo que acabou de passar é notícia. Abaixo as não-notícias! 


A cada uma ou duas notícias colocam um "separador de notícia-light" sobre os 50 anos do Festival da Canção e as MODAS que lançou neste tempo. E metem a Dora a cantar "Não sejas mau para mim". Até tremi... pensei que iam aproveitar e meter o ênfase no facto da Dora estar agora a trabalhar atrás de um balcão do MacDonalds (se não foi um golpe publicitário). Porque mudava de canal na hora! Já bastou entrevistarem João Tordo porque o pai emigrou para o Brasil, tal como os jovens formados em medicina, à procura de uma vida profissional mais digna e com espaço para progredir. 

Acredito que dificilmente nos dias de hoje quase todos os abordados na rua respondam quando questionados sobre quais os programas que mais vêm na TV "Eu vejo o telejornal das oito"!. Ainda bem, porque era treta! Era só um receio enorme de ser julgado ou gozado se dissessem que não o viam ou prestavam mais atenção às novelas. Ah, quase ninguém via novelas nessas entrevistas de rua. Os homens então, diziam mesmo: "novelas não gosto! É coisa de mulheres". Ou então um mais corajoso ou corajosa lá dizia "Só vejo um bocadinho e PORQUE a televisão está ligada durante o jantar".... Pois. Era o preconceito. Mas hoje em que a oferta é tão ampla e já ninguém tem problemas em dizer que vê Big Brothers, o «fenómeno» de gente altamente cultural e bem informada que subitamente surgia nas entrevistas de rua deve ser algo que ficou no passado. Será?

Divagações...

(PS: infelizmente exageraram no ênfase que o festival da RTP é da RTP, que é da RTP, sabiam que o festival da canção é da RTP? Pois, RTP, pois sim RTP... nada discretos.)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fernando Tordo emigra diz a TVI


Que momento decepcionante para a TV portuguesa e para o jornalismo em particular aquele que a TVI está neste momento a proporcionar ao expectador do Jornal da 8.

Passam uma peça comunicando que o cantor da velha guarda Fernando Tordo foi trabalhar para o Brasil, deixando assim este país. Só a peça por si BASTAVA para elucidar o espectador. Mas não lhes bastou. Como tomaram conhecimento do facto através de um post no blogue do filho escritor do cantor, estabeleceram ligação com Póvoa do Varzim, onde o filho João se encontra para fazer uma entrevista em direto.

Digamos que para ser o que estava a ser mais valia não a terem feito. João Alberto Carvalho tentou conduzir a entrevista com um toque de drama e sensacionalismo. E o entrevistado tentava tirar o sensacionalismo e o drama contido nas questões e tentou, mais que uma vez, explicar que assim como o seu pai, outros cidadãos na mesma faixa etária devem passar pelas mesmas dificuldades. Mas coincidentemente era interrompido. O jornalista a querer o drama particular da figura mediática (Fernando Tordo) através do sofrimento e desgosto do filho (João Tordo), como se tudo não passasse de um guião, como tantos outros guiões sempre iguais, e o filho a tentar responder sem dar tanto ênfase ao negativo da partida e tentando falar que o negativo é a situação social e as decisões políticas que conduziram a situações como a de seu pai. Em suma o rapaz deixou um desabafo no seu blogue pessoal hoje cedo, a manhã depois do pai partir, e a Comunicação Social achou por bem apressar-se em o explorar ainda de noite, apresentando o assunto com mais drama e tornando-o mais específico quando na realidade João, o escritor, tem razão: o drama do pai é o drama de muitos outros portugueses anónimos. 

Tudo bem que se noticie o facto. Acho bom. Mas não que se explore. 
No blogue o acontecimento foi transmitido. Na TVI estava a ser explorado. 

A entrevista continuou, continuou, parecia que tinha sido ligada às pilhas do coelhinho Duracel. Mudou-se de canal. Apreciei mesmo foi o momento em que o entrevistado é interrompido pelo entrevistador que lhe coloca várias perguntas sobre as razões pelas quais o pai teve de sair do país, relacionadas com o facto de só receber uma pensão de quase 300€ mais uma outra qualquer mixaria da Sociedade Portuguesa de Autores (se não erro) que servia apenas para a gasolina para as deslocações em carro para os espetaculos e muito blá, blá, blá que sinceramente, não entendi bem. Não foi uma questão objectiva e clara a que o jornalista colocou. Vai que o entrevistado responde: "Não faço ideia. Não trabalho para as finanças". AMEI. É aquele tipo de resposta que nenhum jornalista, presumo eu, gosta de ouvir. Mas diante da questão colocada em que praticamente se conduzia o entrevistado a facultar suposições como respostas, foi a melhor que se podia dar. Respostas de suposição de pouco servem a não ser encher tempo jornalístico de vazio.

*
João Alberto Carvalho estava mal preparado ou não se preparou de todo com as questões a colocar. Se tinha boas intenções aquando tomou a decisão de fazer esta entrevista não conseguiu ter sucesso nos seus intentos. Fiquei sem perceber porque razão foi prioritário fazer uma entrevista ao filho e menos ainda porquê a mesma pareceu durar uma eternidade sem que nada demais fosse avançado.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O que faz rir MAIS em televisão?

Existem vários programas em televisão que apostam na comédia para divertir o telespectador. Mas eu confesso: nenhum, nenhuma sitcom, série ou filme de comédia me tira gargalhadas mais gostosas do que este programa: Fashion Police (canal E!).

Tudo se deve ao humor satírico e pujante de Joan Rivers. Ela diz as coisas mais espantosas, inesperadas e impróprias com a velocidade das balas que saem de uma metralhadora. Comenta como só ela pode comentar. Só ela tem "permissão", tem estatuto para tal. Joan é uma senhora ("mata-me" se ouvir isto) que já deve ir bem avançada nos seus 70 anos de idade (palpita-me até que já está para lá dos 80 mas pronto, aparenta 70 e muitos) mas abençoada seja porque a mente dela não ficou travada no tempo ou envelheceu de acordo com as células do corpo. 


FASHION POLICE é um programa de "coscuvilhice", uma espécie de tertúlia rosa mas sobre moda. Sobre o que as estrelas levam para os eventos e para a passadeira vermelha. Fazem críticas honestas e pujantes sobre os "trapinhos" com que cada qual decide se apresentar e nem sempre são meigos :) Não seria, à partida, um género de programa que me atraísse muito, mas da forma como está conceptualizado acontece exatamente o oposto. O programa tem segmentos diversos, incluindo convidados - estrelas elas mesmas - que chegam a estúdio para fazer o mesmo género de crítica. Tudo é feito com bom humor e diversão. Mas é Joan, do grupo de quatro, a que "comanda o leme" e aquela capaz das críticas mais inteligentes e sagazes. 

Não sei - não posso adivinhar, se tudo aquilo é guião puro e nem tudo sai da cabeça dela mas sim de muitas cabeças espirituosas. Acredito, claro, ainda mais no universo produtivo americano que tudo está bem esquematizado e orientado previamente. Mas "conheço" Joan da participação no programa "The Apprentice - o aprendiz em português). Para quem não conhece o formato, resumidamente trata-se de um grupo de celebridades dividida em dois grupos que competem entre si para não serem "demitidos" por Donald Trump a cada tarefa que lhes é atribuída e pela qual competem para atingir grande sucesso. O formato visa angariar dinheiro para no final ser doado às instituições de caridade que o vencedor desejar - embora a cada prova cada chefe da equipa que vence tenha a mesma oportunidade de doar os lucros da prova. Neste programa as "vedetas e celebridades" são na medida do possível elas mesmas e os muito conflitos e confusões que surgem devido a desentendimentos e rivalidades faculta ao espectador uma visão do que ele raramente vê: a pessoa por detrás do artista ou da fama. Tudo isto para concluir que nesse épico programa, Joan mostrava-se igualmente sagaz. Inesquecível a rivalidade e o nível de ofensas trocadas entre ela, sua filha e Ann, uma jogadora de póquer profissional com quem por acaso não simpatizei. 

Adiante... 
Se entende perfeitamente o inglês então espreite FASHION POLICE, às sextas ou sábados, no canal E!. Mesmo se a moda e a coscuvelhice não é a sua «chávena de chá», vai rir. É muito espirituoso!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Discurso Direto - 24h TVI e "quero um emprego na TVI"

Discurso Direto na TVI 24h é um programa de espaço para debate de assuntos da actualidade destacados pelos média, em particular nos títulos dos jornais. À semelhança do que acontece na sic notícias, tem em estúdio DOIS convidados e recebe telefonemas do público para debater assuntos na mesa. É «moderado» neste caso que vi por José Carlos Araújo e vai para o ar entre as 10h e 11h da manhã e das 15h às 16h.


Hoje apanhei o final do programa e também mo apeteceu comentar. Marcou-me a intervenção de um reformado de nome Maurício Luís que levantou a questão: "Nós vamos reconstruir este país com quem?".
O senhor apresenta-se como tendo dois filhos, uma formada como professora a dar aulas em Inglaterra e outro engenheiro, a trabalhar na Áutria e Alemanhã. Diz o senhor: "As nossas melhores cabeças foram todas embora (...) Com quem este país se vai levantar? O nosso melhor foi-se embora. Mas atenção: aqueles não são da mala de cartão! Estes não voltam (...) e se calhar nem o dinheiro cá põem."

Imediatamente esta observação me remeteu a outra que escutei de José Hermano de Saraiva num dos seus "Horizontes de Memória". Nesse programa onde se falava dos feitos portugueses e da emigração, concluiu o senhor a mesma coisa. Indo contundo buscar exemplos mais idos e já prevendo o futuro pelo presente e pelo passado. 


E é verdade. Infelizmente também acho que sei a resposta à pergunta do senhor Maurício Luís. Quem vai reconstruir este país é a mão de obra estrangeira. Ou melhor sendo: os interesses estrangeiros. As multinacionais que comprarem os negócios, que importarem a mão de obra mais barata de países mais arrasados por guerras e pobreza do que este Portugal. Vamos passar de povo explorador a explorado. De Nação empreendedora a nação sub-alugada. E o futuro pode muito bem vir a ser assim: todos «expatriados», em busca de melhores raios de sol onde estes podem brilhar. Vão as melhores mentes, ficam nas sombras os velhos, os muito pobres, os menos esclarecidos. Aqueles que não têm iniciativa para contestar, para entender, os mais submissos e menos cultos.


CULTURA foi outro tema abordado neste Discurso Direto e a cultura tem tudo a ver com o rumo miserável do país e com a profundidade do fosso. Porque quem não conhece, quem não abre os horizontes, quem não tem sede de conhecimento, contenta-se e conforma-se com o pouco que lhe apresentam. 

A convidada Lídia Jorge responde à questão: "Está a população portuguesa suficiente desperta e moralizada para dar atenção à cultura?

A suspirar acaba por dizer que acha que as pessoas estão de tal forma desalentadas que acabam encolhidas, ficam dentro de casa, estão a ficar numa espécie de "anestesia de impotência" porque não se deram respostas. Conclui também que "Como é uma população que se contenta com pouco do ponto de vista cultural, digamos que acode pouco ao que a cultura oferece. A população é uma espécie de entidade que está carente de receber cultura. E consome aquilo que lhe vem à mão. Hoje as pessoas têm apenas um espaço de cultura que é ficam em casa e vêm televisão".


E termina fazendo sobressair o óbvio e muito necessário: a televisão como principal veículo de cultura de alcance à população profunda deve desempenhar um papel formativo. Bom, ela não disse com estas palavras, estas são minhas, mas o sentido é o mesmo. Abraçar mais o papel formativo e informativo e menos o de entretenimento - digo eu. 


Noutro dia estava numa página de troca de opiniões no facebook onde todo o género de pessoas comenta. Nisto vejo alguém escrever assim: "Quero um emprego na TVI". E continua o apelo escrevendo "Arranjem-me um emprego na TVI". "respondam", "gostava de fazer comédia", "digam-me como se faz", "Ninguém responde?! Invejosos querem tudo para vocês!

E por esta amostra fiquei a conhecer, temer e a lamentar a forma como alguma juventude quiçá mais exposta à televisão do que a outro género de ofertas culturais - até mesmo simples livros, está a formatar o seu pensamento. Por este exemplo existe um segmento de jovens que QUEREM algo e o querem DADO. Não se mexem para o obter, querem-no oferecido e imediatamente. "Quero um emprego na TVI"...  É quase o mesmo como dizer que se quer ser bailarina aos cinco anos de idade e esperar, do nada e sem seguir qualquer percurso, que aos 18 já se consiga ser. Uma juventude que não entende que para chegar a Cristiano Ronaldo é preciso batalhar muito na bola. Que não foi sentado ou a enviar mensagens através do telemóvel que algum sonho dele se concretizou...  Brrrrrrr!!!

"A população portuguesa hoje é uma população que praticamente apenas depende da televisão. A televisão acaba por ser o veículo maior para todas as outras áreas de cultura" - concluí a convidada Lídia Jorge, salientando desta forma o papel importante que a televisão tem na mentalidade e na formação da população que a acolhe como único veículo cultural e informativo. E pelo exemplo que facultei, acho que tem toda a razão. 




sábado, 18 de janeiro de 2014

Sociedade das Nações - novamente

Estava a fazer zapping, procurando um canal com algo de interesse para ver. Após perder algum tempo com algo ao qual nem costumo ligar muito (live from the SAG red carpet) acabei por parar na Sic Notícias. Uma mulher através de uma ligação Skipe falava muito apressadamente e calorosamente sobre política e governos. Quase mudei novamente de canal após não perceber de imediato ao que se referia mas entendi que para estar em ligação Skype o mínimo que merecia era ser ouvida. Falava sobre a situação política na Turquia e explicava ou opinava sobre o momento que se vive por lá. Continuei a acompanhar e percebi que o programa a que estava a assistir era "Sociedade das Nações" - já referido aqui.

Gosto deste programa, que me cativa ainda que não entenda praticamente nada de política. Gosto de um programa que informe, que procure, que revele e que fale do que é para ser falado. Cabe a mim entender  ou não mas cabe aos meios de informação saber informar. E nos últimos anos têm desaprendido a fazê-lo adequadamente. Neste programa ainda o sabem. E melhor que saber fazer é conseguir comunicar e alcançar com um vasto público. Julgo que é o que a «Sociedade das Nações» consegue fazer. 

Pouco depois a ligação em Skype é interrompida e a emissão passa para estúdio. Quem eu vejo como convidado?  Allan Katz, ex-embaixador dos EUA em Portugal. Nada de extraordinário se não fosse a simples coincidência de ter sido com ele que surgiu o outro post sobre o programa. Tendo em conta que regressou para o seu país, aparentemente e não sei porque razão é agora professor ao invés de executar algum cargo ligado com a política. Achei caricato. Pareceu mais triste e talvez mais magro. Mas também mais solto e menos de "guarda montada". Mas podem não passar de impressões minhas.

Sociedade das Nações - é para ver. Mesmo quem não procura a actualidade política. Quando «esbarrar» com ele, não mude de canal. Dê uma oportunidade. Vale sempre a pena sentir que a televisão cumpre bem o seu papel como meio de informação. E já que isto muito raramente se sucede durante os telejornais, haja um programa que de alguma forma o faça.

domingo, 3 de novembro de 2013

A Vergonha do Hospital Pediátrico de Coimbra na SIC Notícias


«Vergonha! Gatunos! Ladrões!»

Dificilmente quem vê a reportagem de hoje no Jornal da Noite na SIC sobre a construção do Hospital Pediátrico de Coimbra consegue fazê-lo sem sentir ânsia de vómito. As obras de construção deste hospital foi uma descarada roubalheira. Mal ainda estava a ser erguido, já estava a cair aos pedaços. Pilares tortos, paredes rachadas, revestimento a cair, chão gasto, estores de alumínio sem caixas que são indispensáveis, madeira verde (sim, verde!), e isto é pouco. Tudo foi construído com material de quinta (embora na peça se refiram a algum do material como sendo de segunda, acho que nem isso é). Enfim. UM NOJO, uma descarada roubalheira que foi feita à vista de todos, chamada a atenção por TODOS OS MECANISMOS de fiscalização. Mas cuja rede de interesses de ladronagem conseguiu anular. 

Neste país de facto somos mesmo de brandos costumes. Se o povo tivesse percebido isto devia recorrer ao boicote até mais não. Aprender com os "nossos irmãos" brasileiros e sair à rua! Até o Heliporto do hospital não está licenciado porque o Hospital não soube submeter o plano à entidade reguladora. Enfim, o ESTADO pagou, e quem pagou também se juntou aos que construíram para SACAR dinheiro. Ladrões a ajudar ladrões! Máfia, corrupção, abuso de poder e total impunidade. TUDO o que supostamente era suposto acontecer num Estado de Ditadura.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/10/17/pj-investida-possivel-burla-na-construcao-do-hospital-pediatrico-de-coimbra


É um erro dizermos que somos uma democracia igualitária e um Estado para os CIDADÃOS quando roubalheiras deste calibre são executadas por todo o país sem que os gatunos sejam levados à justiça. Portugal está em crise financeira? A isso muito ajudou a corrupção interna destas redes políticas corruptas. Talvez tenham roubado mais do triplo daquilo que gastaram. Numa coisa tão mal feita nada é de surpreender.  Custou quase 40 MILHÕES de euros à população. São já precisos 5 MILHÕES de euros em obras urgentes só para solucionar as situações mais graves. Espreite os links.

Fecham hospitais velhos e constroem novos não a pensar na saúde e condições da população, mas a pensar na quantidade de roubo à carteira dos cidadãos. VERGONHA. Não é num país assim que quero viver. Toca a apanhar essa gente. A conta deles com Deus está garantida, mas com a dos homens está em falta.

http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/10/10/contrucao-do-hospital-pediatrico-de-coimbra-investigada